O Esteta e a Linha
O Belo, aos vastos olhos do Grande Esteta,
Está no todo, no pouco, no uno, nonada
Se sibila sinuoso na linha insinuada
Também se encontra no rigor da linha reta
Exibe-se soberbo na carne extasiada
Transgredida pelos linguaversos do poeta
Aparece na alva quietude, tão concreta
E voa fulgurante na leveza anunciada
Algoz dos gozos desmedidos mais profundos
Lasso, repousa o corpo agora obsoleto
Inconformado com a crua ânima animal
Na nebulosa incerteza nua de outros mundos
Honrarei tua vívida harmonia num soneto
Assim tecido para ler na horizontal

Commentaires