Numa dessas tardes sólidas do Norte
Em que o azul é um páramo celeste
E o calor faz festa nas nervuras,
O homem vai!
Ele vai de máscara
Porque assim mandam
As conveniências e as necessidades.
Os barcos atracados à quentura
Oscilam indecisos na maré cheia.
É o respirar da metrópole
E o homem vê!
Ali, por trás da máscara descartável
E dos óculos escuros,
No entrelaçamento de mastros e cordas
E no voo farto da rapina,
O homem vê!
Ele vê a finitude dos tempos
E o amparo delicado de todos os deuses
Ao limiar soturno de todas as mortes.
Vai, homem!,
Escapar de tuas máscaras.
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